quinta-feira, 22 de novembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Todo esse embate do Homem com o Mar, tendo como interposto o Barco, chega a um fim finalmente. As crepitações internas crescem e emerem e levam o Barco à pique. A cena que Marlow assiste, em seu processo de desvirginação, com intensa emotividade as figuras mais velhas assitem com calma e previsibilidade.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
O exemplo de Sakkara e da força do desejo de Um
upload feito originalmente por Gabriel Mococa.Cinco mil anos atrás Djoser, um Ser-Humano que já não mais consideirava ser humano - tantas eram as forças convencendo-o de ser um Deus - pediu ao seu arquiteto Imothep que construísse um túmulo digno de sí. Pela primeira vez, então, foram empilhados túmulos planos, e obteve-se a primeira pirâmide da história (quem sabe, diverge-se, a primeira grande edificação humana): A Pirâmide de Degraus do Planície de Sakkara. Aos fundos da pirâmide está a tumba mortuária. Por um pequeno orifício podemos observar o descanso eterno daquele que se considerava um Deus e - por isso - levou os Homens à criar a primeira grande edificação da história. Recuperando a imagem que já paira na minha memória antiga, penso que há sobre o que refletir após tanto tempo. Imaginem um bebê. Desde seu primeiro contato com o mundo (e com certeza mesmo antes disto) ele teve estímulos sensoriais privilégiados em relação a todos que o cercavam. Enquanto os outros bebês repousavam em palha junto com camelos e brincavam com a areia do deserto, ele desfrutou de artefatos e brinquedos multicoloridos, sabores mais curiosos, estudos mais refinados e um chão mais gostoso de pisar. Quando ele virou uma pequena criança, passou a compreender que seus pais - suas figuras máximas e de representação - podiam Querer mais do que os outros; e mais do que isto: Todos insistentemente o lembravam de que ele seria ainda mais do que aquilo. Será que ele teve crise de adolescente? Esbravejou e achou que não queria ser Onipotente? Percebeu que era um Ser do Desejo e que, mesmos estes satisfeitos, ele iria querer mais? Eu acho que não. Creio que ele realmente nasceu e por todo segundo da sua vida acreditou ser um Deus que pairava e podia obter entre os Homens. O por quê dele ter desejado se imortalizar não me cabe especular aqui. Talvez por inovação à tradição, talvez por megalomania ou senso estético; sei lá e isto pouco interessa. O que me interessa perceber aqui é o fato de ele DESEJOU ser imortalizado daquela maneira, e que somente isto bastava para que, por todo seu reinado, homens morressem para construir apenas o que aquele Ser-(quem sabe)-Humano desejou.
A força do desejo de um só indivíduo fez com que a toda a civilização humana progredisse. É Humana tal natureza? Como Ele e ele lidaram com isso? E como lidou Djoser com o fato de lhe ser recoberto por toneladas de pedras e visível apenas por um pequeno orifício? Terá ele aprendido com a PERDA de toda aquela visibilidade e com sua RESTRIÇÃO à uma pequena entrada de luz? E terá ele aprendido com todos os olhos cintilantes de curisiodade que o fitaram ao longo destes 5000 anos?
Com o que aprenderia o Ser-Humano? Com o que aprenderia o Deus?
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Início de tudo
O começo disso aqui, que eu pessoalmente não sei no que vai resultar, está se dando em um simples dia de segunda-feira. Acabei de voltar do Hospital e estou em casa, excepcionalmente, às cinco.
A bem da verdade, estes não são tempos exatamente "simples", como eu acabei de dizer. Ando passando uns dias de provação...
Abusei do descontrole financeiro nos últimos meses e nos últimos dias tenho vivido plenamente a FALÊNCIA. Sim, ando totalmente quebrado - não que minha vida financeira fosse grandiosa, bem organizada ou, sequer, própria - e não gasto um só real próprio há uma semana. Meu irmão financiou o mercado da semana e estou me virando com isso...
Mas afinal, o que traz à mim o passar por uma situação de provação? O que florece em mim após a passada por algum período em que não posso satisfazer meus desejos - alguns deles triviais, outros nem tanto?
Acho que as perguntas serão respondidas pelo senhor de tudo: o Tempo; que eu desejo que seja curto. Jó desejou o mesmo, mas talvez de uma forma diferente. Phillip Carey é a figura mais próxima, talvez por sair do mesmo círculo, porém cair para muito mais longe do que eu espero cair. De qualque forma, ele aprendeu muito tanto com a queda quanto com o retorno e com o abandono de tudo depois, sempre sob uma perspectiva estoicamente pró-ativa (Se é que os filósofos me permitiriam usar tais termos); e eu acredito ter aprendido a aprender com as infatibilidades da vida lendo sobre ele. Eu recomendo que faça o mesmo:
Servidão Humana



