quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Humanismo têm o Homem e seus sentimentos/pensamentos como centro da percepção existencial humana. O Pensamento e a Crítica, estando dentro destes portanto, devem se voltar para a contemplação de: (1) A constituição e formação antropológica – de onde viemos e como chegamos até o ponto em que nos encontramos neste dado momento; como evoluíram nossas constituição física (corporal individual) e filosófica (conhecimento humano e forma de processo mental – que, obviamente – mudou desde os primórdios) ao longo da História humana. (2) Como dirigiremos e melhoraremos tanto o Homem quanto a Sociedade este momento presente e evolutivo, valorizando o pensamento e suas formas de encaixe dentro deste continuum biopsicosocial (Homem-Sociedade).
Entendeu??
Daldon
Em oposição a ele está o Pragmastismo/Tecnismo humano – que põe a construção material como centro da vivência humana. É a visão preponderante na sociedade pós-moderna/industrial (sociedade unificada-eletrônica-tecnocrática???) atual, e rejeita grande parte daquilo que pode ser produzido pelo raciocínio Humanistico por se acreditar que esta lógica existencial pode – sim – resultar em produções materiais (e não somente abjetações teóricas), porém não o faz “com maior produtividade”. Nesta lógica é, portanto, mais fácil descartar e descaracterizar todas as vivências subjetivas e consumir apenas aquelas que nos permite o sensualismo tátil ou visual. Vislumbra-se um profundo enraizamento materialista na lógica Pragmática, de onde, inclusive, frutificou e amadureceu o Capitalismo Consumista que consome a sociedade atual.
O momento antropológico, contudo, nos leva a perceber que negar muitos dos aspectos presentes no raciocínio humanístico – por simples convenção – é negar a si própria o desenvolvimento. A percepção que digo necessária passa pela observação do desenvolvimento histórico humano, podendo observar que ao longo da História já houveram dois importantes momentos de desenvolvimento humano em que se utilizava a lógica Humanista: a Grécia Antiga e o Renascimento.
É inegável que a sociedade humana só nos permitiu chegar a este estilo de vida que levamos hoje graças a apontamentos feitos em seus primórdios – tanto ideais de cooperação (humanistas) quanto de destruição e competição (pragmáticos, que lidam com idéias materiais e portanto efêmeras.
Por que então negar que a lógica e o raciocínio Humanístico não podem prover bases firmes e válidas para o uso e desenvolvimento das ferramentas e conhecimentos que dispomos hoje com a finalidade de prover uma sociedade mais igualitária e sustentável aos que virão?
“Não herdamos o mundo de nossos pais Apenas o pegamos emprestado de nosso filhos” Amish People

Um comentário:

Anônimo disse...

Acredito que o ideal seria justamente a convivência simultânea entre as duas coisas: o pensamento humanístico, que corresponderia à face teórica da coisa, e a objetividade instrínseca da práxis humana. O caos do mundo "moderno" é resultado direto do comportamento quase irracional do homem, que prioriza o TER em detrimento do SER. Difícil é admitir que a dimensão do problema ultrapassa nossas responsabilidades coletivas.